Coleta de sangue: 8 dicas sobre tubos

Usar o modelo de tubo de ensaio errado na coleta, por exemplo, pode afetar bastante a qualidade da amostra. Esta geralmente tem que ser descartada devido a essa falha. Por isso, é imprescindível conhecer bem os tubos utilizados nessa atividade. Sendo assim, a seguir, forneceremos 8 dicas sobre os tubos para que não haja erros em sua clínica ou laboratório.

A coleta de sangue é um exame muito comum no cotidiano de clínicas e laboratórios e ela deve ser feita sempre com muita cautela pelos profissionais. Esse cuidado é fundamental, porque cada ação incorreta pode interferir nas amostras e consequentemente nos resultados obtidos.

Usar o modelo de tubo de ensaio errado na coleta, por exemplo, pode afetar bastante a qualidade da amostra. Esta geralmente tem que ser descartada devido a essa falha. Por isso, é imprescindível conhecer bem os tubos utilizados nessa atividade.

Sendo assim, a seguir, forneceremos 8 dicas sobre os tubos para que não haja erros em sua clínica ou laboratório.

Tubos de Coleta de Sangue



Diferenças entre coletas e os tubos

As coletas de sangue realizadas diariamente por profissionais da saúde têm diferentes objetivos, então elementos distintos do sangue precisam ser usados na testagem. Algumas análises sanguíneas, por exemplo, devem utilizar o plasma do sangue, outras o soro e há ainda as que demandam o sangue total do paciente.

Portanto, os tubos de ensaio usados para armazenar, processar e transportar as amostras também possuem diferentes elementos em suas estruturas.

Dessa forma, quando as amostras passam pela centrifugação é possível obter o elemento necessário para a análise do material, como o soro ou o plasma. As amostras de exames que demandam o sangue completo não precisam passar pela centrifugação.

Para que os profissionais saibam quando usar cada tubo, estes têm tampas de cores diferentes. Elas indicam o aditivo presente na estrutura do tubo, pois assim os especialistas envolvidos no processo da coleta e análise de sangue conseguem saber quando utilizar cada opção. O padrão de cores nas tampas é universal.

Dicas sobre os tubos

Os tubos podem ter tampas de uma dessas 7 cores: branco, azul, vermelho, amarelo, lilás/roxo, cinza ou verde. Então, confira agora 8 dicas sobre os tubos para saber exatamente quando utilizar cada um deles:

1. O tubo de tampa vermelha é ativador de coágulo

A cor vermelha na tampa de um tubo é usada para mostrar que aquele exemplar tem sílica, um ativador de coágulo jateado, em sua parede. Essa substância faz com que o processo de coagulação do sangue armazenado ali seja mais rápido.

Esse tipo de tubo é usado para fazer a determinação em soro na sorologia e bioquímica. Por isso, o tubo com tampa vermelha pode ser utilizado em pesquisas de anticorpos, teste de antiglobulina direta, tipagem sanguínea ABO e RH.

2. A cor amarela representa o ativador de coágulo + gel

O tubo com tampa amarela possui o mesmo ativador de coágulo que o modelo vermelho, porém ele ainda tem um gel separador em suas paredes. Esse elemento permite que o soro obtido após a centrifugação tenha uma qualidade maior.

O exemplar é indicado para exames da área de sorologia, imunologia, bioquímica, marcadores tumorais e cardíacos.

3. O exemplar lilás ou roxo tem EDTA

Já o modelo com tampa lilás ou roxa tem EDTA (ácido etilenodiaminotetracético) em sua estrutura. O EDTA é um anticoagulante, que atualmente é considerado o melhor para preservar a morfologia celular.

Logo, esse ácido é indicado para as atividades de hematologia e esse modelo de tubo é utilizado na coleta de exemplares de bancos de sangue.

4. O tubo cinza é de EDTA + Fluoreto de sódio

Assim como o tubo de tampa lilás, o exemplar de tampa cinza contém EDTA em sua estrutura para garantir a preservação da morfologia celular. Porém, ele se diferencia do anterior, porque possui também fluoreto de sódio. Este é um inibidor glicolítico.

Portanto, esse exemplar com tampa cinza deve ser utilizado em dosagens de glicose, hemoglobina glicada no plasma e lactato.

5. A cor azul simboliza o citrato de sódio

O tubo com a tampa azul possui citrato de sódio em seu interior, que é um anticoagulante. Esse objeto é usado na coleta de amostras para testes de coagulação.

É importante ressaltar aqui que o citrato de sódio é bem importante, sendo que diferentes concentrações desse elemento podem provocar grandes efeitos nas análises de TP (Tempo de Protrombina) e TTPa (Tempo de Tromboplastina ativada).

6. O modelo de tampa verde tem heparina de lítio

A heparina de lítio presente nas paredes do tubo de tampa verde é um anticoagulante, que consegue ativar as enzimas antiplaquetárias. Dessa forma, a substância bloqueia a cascata de coagulação. Então, esse tubo tem que ser usado quando as amostras forem para prescrições bioquímicas que precisam de plasma sanguíneo.

7. O branco mostra que o tubo não tem aditivos

Quando a tampa do tubo é branca significa que aquele recipiente não possui nenhum aditivo em suas paredes. Por essa razão, esse exemplar é utilizado apenas para o transporte das amostras. Ele pode ser selecionado, inclusive, para transportar amostras sanguíneas de análises de líquido LCR (cefalorraquidiano).

8. Há uma ordem correta para utilizar os tubos

Em coletas de sangue, muitas vezes, é necessário recolher mais de uma amostra do paciente e elas passam por diferentes análises. Ou seja, elas têm que ser colocadas em tubos de ensaio de modelos distintos.

E, como cada tubo tem um aditivo em seu interior, é essencial seguir uma ordem definida nessa coleta para que o conteúdo de um recipiente não contamine os próximos. Afinal, caso isso aconteça, os resultados obtidos podem ser incorretos. A sequência deve ser:

 

 

  • Frasco para hemocultura ou tubo sem aditivo (branco);
  • Tubo com citrato de sódio (azul);
  • Tubo com ativador de coágulo, com ou sem gel (vermelho/amarelo);
  • Tubo com heparina (verde);
  • Tubo com EDTA (lilás/roxo);
  • Tubo de EDTA com fluoreto (cinza).

Dessa maneira, é possível garantir que as amostras não serão contaminadas no processo de coleta e que os resultados serão exatos.

É fundamental decorar em quais situações cada tubo deve ser utilizado e em que ordem, pois assim evita-se erros, descartes de amostras e retrabalhos. Logo, estude para se lembrar sempre das características de cada modelo de tubo e dessa sequência.

Caso tenha colaboradores, é essencial também se certificar de que eles são qualificados, conhecem essas informações e as aplicam no cotidiano. E, se você precisa de novos exemplares de tubos de ensaio em sua clínica ou laboratório, acesse nossa loja online para adquiri-los.

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