Swab: Como realizar uma coleta adequada?

O que é swab? Para que serve? Onde é utilizado? Como coletar material biológico com swab? Que tipos de swabs existem? Como utilizá-lo de maneira adequada?

O que é swab? Para que serve? Onde é utilizado? Como coletar material biológico com swab? Que tipos de swabs existem? Como utilizá-lo de maneira adequada?

O swab estéril, ou também chamado de haste estéril (quando não se apresenta junto ao meio de cultura), é um cotonete estéril com várias finalidades, ou seja, é utilizado para coletas e transporte múltiplo de materiais biológicos, como: secreções de orofaringe, ocular, material genético, procedimentos ginecológicos e todo tipo de coleta de material que precise ser absorvido e analisado.

Inclusive, ele faz parte de uma utilização importante no controle de qualidade, para testes de amostragem de higiene, limpeza, descontaminação do ambiente, de equipamentos em hospitais e até de algumas indústrias.

Existem várias categorias de swabs. Podem ter haste plástica ou de madeira, e pontas diferentes para cada tipo de coleta: algodão, rayon, de alginato de cálcio, dracon ou poliéster). Conforme o material biológico e o objetivo da coleta será determinada a escolha pelo swab correto.

Também existem swabs que já vem com os meios de cultura. São um conjunto de substâncias formuladas de maneira adequada, capaz de promover o crescimento bacteriano, quando para uma coleta satisfatória deve-se considerar sua composição química, seus aspectos físicos relativos à temperatura, aeração e tempo, que constituem as principais variáveis que interferem diretamente no crescimento bacteriano.

Como exemplo, podemos citar o meio stuart, que tem carência de uma fonte de nitrogênio, o que impede, consideravelmente, a multiplicação de microrganismos; e a composição nutritiva garante a sobrevivência deles, permitindo, assim, transportar diversos materiais conservando os microrganismos. Para isso, a coleta tem que ser firme e circular sobre a conservação de microrganismos patogênicos como: Haemophilus spp., Pneumococcus, Salmonella spp., Shigella spp. entre outros.

 

Além disso, a haste estéril, sem o meio de cultura, será muito válida para coleta relacionada à mucosa, pele e superfícies (equipamentos e mobílias, para controle de qualidade) e mesmo que não tenha secreção, deve-se manter o cuidado adequado para não utilizá-lo de forma inadequada, isto é, com pouco material, pois haveria desperdício de material do laboratório e, dependendo do caso, do paciente que necessita de análise. Aconselha-se, sempre, retirar outra amostra e fazer uma declaração sobre as condições da amostra que foi enviada, com identificação do local de coleta e lado (amostra auricular esquerda e amostra auricular direita), se tiver.

Recomendam-se os swabs com pontas de alginato de cálcio, dracon ou poliéster, rayon, quando se tem a necessidade de impedir certas bactérias sensíveis, pois há maior sensibilidade para algumas coletas, por exemplo, de secreções sanguinolentas ou purulentas. Outro cuidado importante é respeitar o tempo de contato entre o swab e a amostra; os swabs de orofaringe, por exemplo, devem ser colocados em meios de transporte para que não ressequem e provoquem a morte bacteriana.

 

Dessa forma, coleta ou transporte de material por haste estéril, ou swab, é uma das etapas de maior importância no isolamento de microrganismos responsáveis por doenças infecciosas. A coleta ou o transporte inadequado pode ocasionar falha no isolamento do agente etiológico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante, podendo conduzir a uma terapia incorreta. Portanto, procedimentos adequados de coleta devem ser adotados para evitar o isolamento de um “falso” agente etiológico, resultando numa orientação e tratamento inadequados. Seguem algumas dicas de formas corretas de coleta da amostra:

– Realizar a coleta antes da administração da antibioticoterapia, sempre que possível;

– Instruir claramente o paciente sobre o procedimento;

– Obter material evitando contaminação com flora normal do paciente;

– Realizar a antissepsia na coleta de todos os materiais clínicos;

– Usar recipientes adequados e enviar imediatamente ao laboratório, e se isto não for possível, colocar o material em meio de transporte e temperatura adequada;

– Certificar-se de que a quantidade de material coletado é suficiente para permitir uma completa análise microbiológica, além de coletar em forma circular e firme, retirando a quantidade sempre suficiente para análise.

Assim sendo, respeitando-se o tipo de coleta e o swab ou haste estéril adequado ao objetivo e em quantidade correta de material biológico, será possível garantir uma análise fidedigna.

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Fontes: 

https://www.splabor.com.br/blog/50-materiais-de-laboratorio-de-quimica/o-que-e-swab-para-que-serve-um-swab/v

3 tipos de swabs com meios de cultura

https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/manual_de_coleta_2013.pdf

https://www.passeidireto.com/arquivo/6176118/apostila-microbiologia-i/2

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