Boas práticas de proteção respiratória para preservar a saúde

Apesar do alto índice de mortalidade devido a infecções adquiridas por vias aéreas e através da inalação de contaminantes, alguns cuidados simples podem promover uma barreira de proteção considerável evitando graves riscos à saúde a quem possa ser prejudicado por certo agentes.

Inspirar e expirar sem dificuldade e em momentos que não prejudiquem nossa saúde são magníficos, porém, em ambientes que favorecem a concentração de micro-organismos e agentes biológicos contaminantes em excesso, vale redobrar a atenção.

Apesar do alto índice de mortalidade devido a infecções adquiridas por vias aéreas e através da inalação de contaminantes, alguns cuidados simples podem promover uma barreira de proteção considerável evitando graves riscos à saúde a quem possa ser prejudicado por certo agentes.

A exigência da utilização de algumas medidas preventivas para o controle geral de contaminação por vias aéreas, em especial aos profissionais da área da saúde ou aqueles que lidam com qualquer tipo de lugar que propicie contaminação, é indispensável o uso de equipamentos de proteção respiratória, conhecidos como “EPR” e em geral com outros insumos de paramentação, chamados equipamentos de proteção individuais, “EPIs”, que contém a máscara, citada a cima, luvas com punho regulamentadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) registrados devidamente com o “CA” – Certificado de Aprovação –, com numeração vigente, que é um documento emitido pelo MTE, que certifica que o EPI satisfaz os requisitos mínimos de qualidade estabelecidos em Norma Técnica (por exemplo: NBR/ABNT).

A certificação é feita mediante relatório de ensaios emitidos por um laboratório credenciado pelo MTE, entre eles a FUNDACENTRO. O CA deve ser solicitado pelo estabelecimento para aquisição de todos os EPIs, inclusive os “EPR”, além de aventais, toucas descartáveis com gramatura consideravelmente grossa para impedir a passagem de agentes contaminantes, óculos, calçados adequados, além de vestimenta apropriada evitando a exposição ao risco biológico.

Como exemplo, pode-se citar a tuberculose (TB), que requer um programa efetivo de controle de infecção pelo bacilo, necessitando de identificação, isolamento e tratamento das pessoas com TB ativa. Esse tipo de doença contaminante por vias aéreas requer medidas imediatas e certeiras para que o controle da doença seja efetivo, incluindo medidas administrativas para reduzir o risco da exposição a pessoas que possuem TB ativa, e o uso de controles de engenharia para prevenir a disseminação e reduzir a concentração das gotículas e aerossóis infectantes, além do uso de EPR em áreas e/ou procedimentos onde haja o risco de exposição ao bacilo.

Como pode ocorrer a exposição aos agentes biológicos dispersos por via aérea?

O paciente infectado pelo agente biológico de doenças de transmissão aérea, acaba dispersando esses agentes quando fala, tosse ou espirra. Desse modo, qualquer pessoa pode estar exposta aos agentes quando estiver em contato com o doente, ao entrar em ambientes contaminados, ou ainda ao realizar procedimentos nessas pessoas.

Quais as vias de transmissão dos patógenos?

As principais vias de transmissão são a via de contato e a via respiratória. Essa cartilha está direcionada para as patologias e aos mecanismos de proteção das doenças de transmissão respiratória (por gotículas e aerossóis).

O que é uma máscara cirúrgica e qual é a sua indicação de uso?

A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca. É indicada para: proteger o trabalhador de saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas à curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias; minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio trabalhador de saúde ou pelo paciente em condição de transporte. Deve ser utilizada sempre que o trabalhador de saúde entrar em quarto de paciente com patologias de transmissão respiratória por gotículas

Entretanto, há casos em que a máscara cirúrgica NÃO protege adequadamente o usuário de patologias transmitidas por aerossóis, como por exemplo: herpes zoster, sarampo, síndrome respiratória aguda grave, tuberculose pulmonar (suspeita ou confirmada), tuberculose laríngea (suspeita ou confirmada), varicela, pois, independentemente de sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária nesse tipo de máscara.

 Como o trabalhador de saúde deve proceder para se proteger, simultaneamente, contra a inalação de agentes biológicos transmitidos por aerossóis e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que atinjam o rosto do usuário?

Nesse caso, deve-se utilizar proteção para ambos os tipos de risco: EPR adequado ao agente biológico e anteparo do tipo protetor facial ou EPR resistente à projeção de fluidos corpóreos e óculos de segurança.

máscara

 

Fonte:

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Monografia – Precauções e Isolamento. São Paulo: 2003. 4

Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA | Cartilha de Proteção Respiratória Contra Agentes Biológicos para Trabalhadores da Saúde

Total
0
Shares
Artigo anterior
agulha

O universo das agulhas cirúrgicas para sutura

Próximo artigo

52º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicinal Laboratorial - 2018

Posts relacionados