Proibição de Instrumentos com Mercúrio tem data estipulada

Entenda como funcionará o descarte e a substituição de materiais que contenham mercúrio, a partir da norma imposta pela Anvisa

Entenda como funcionará o descarte e a substituição de materiais que contenham mercúrio, a partir da norma imposta pela Anvisa

Publicada em 22 de março de 2017, no Diário Oficial da União pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma resolução determina a proibição, a partir de janeiro de 2019, da fabricação de termômetros e de medidores de pressão (esfignomanômetro) que contenham todo e qualquer nível de mercúrio. Sendo essa substância de natureza altamente tóxica, perigosa e que pode disseminar uma contaminação globalizada, qualquer objeto que contenha essa substância em seu compartimento deve ser descontinuado e banido. Uma campanha iniciada em 2008, que recomendava a não comercialização de produtos que contivessem mercúrio, e que acabou repercutindo mundialmente devido à intervenção da Organização Mundial da Saúde – OMS, trouxe alternativas para implementação precisa e segura que substituem a aferição da pressão e da temperatura corpórea através de outros objetos.

A fim de complementar essa medida à proibição, sabendo que muitas pessoas guardam o termômetro com mercúrio na caixinha de primeiros socorros em suas residências, a RDC Nº 306/2004 prevê que desprezar estes equipamentos requer cuidados e orienta que o descarte seja feito em serviços de saúde ou órgãos ambientais estaduais e federais; por este motivo, a população deve procurar essas opções, que são seguras não permitirão contaminação ao meio ambiente.

Entretanto, vale ressaltar que mesmo que a quantidade de mercúrio encontrado em termômetros de uso caseiro não provoque grandes riscos, em caso de acidentes devem-se seguir as recomendações citadas abaixo:

  • Após quebra, proteja as mãos com luvas para a limpeza do local, identificando as bolinhas de mercúrio, e não permitindo que as crianças brinquem.
  • O descarte do vidro deve ser enrolado em papel toalha, jornal ou recipiente resistente à ruptura identificando o perigo “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”.
  • Não utilize aspirador, pois devido ao calor, pode acelerar a evaporação do mercúrio provocando contaminação no eletrodoméstico e ambiente.
  • Entrar em contato imediatamente com o serviço de limpeza urbana ou entregar para descarte em um serviço de saúde.

 

Risco de contaminação ao meio ambiente e saúde humana

De acordo com pesquisas recomendadas do Ministério do Meio Ambiente, a exposição de 1,2 miligramas de mercúrio tem perigo eminente de provocar ao indivíduo: bronquite química e fibrose pulmonar seguida de risco de óbito, se não detectado o contato precocemente. Segundo outras publicações científicas, a exposição também pode ocasionar problemas no sistema nervoso central e na tireoide, além de disfunção neural e até paralisia, caso ocorra exposição prolongada a este tipo de substância.

Qual termômetro ou esfignomanômetro é recomendável?

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É necessário substituir mercadologicamente este produto, cuja variedade de marca estará à disposição do consumidor e permitirá a variação de preço e qualidade, conforme cada fabricante; por isso, desde quando foi publicada a resolução o no último dia 22 de março de 2017, as empresas têm o prazo de dois anos para se adequar a esta nova realidade.

O consumidor e as instituições de saúde encontrarão tecnologias digitais e aneroides para a escolha, levando em consideração a pretensão de valor aquisitivo e a preferência de marca.

O que se pode esperar é que as empresas fabricantes e importadoras de termômetros digitais e esfignomanômetros devem seguir um padrão estipulado por órgão de aferição de qualidade, como INMETRO e ANVISA, e, por este motivo, o padrão de excelência encontrado nesses produtos não declinará previsto a esta resolução.

 

Referências:

Ascom/Anvisa – Publicado: 08/03/2017

Saúde Web – Brasil

Relatório Mercury Assessment Global (Avaliação Global das Emissões de Mercúrio) – UNEP, 2013 – Disponível em: Ministério do Meio Ambiente
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