Cateterismo venoso periférico: indicações, técnicas e complicações

O cateterismo venoso é uma prática bastante comum em ambientes que oferecem serviços de saúde. De fato, muitos medicamentos precisam ser administrados diretamente na corrente sanguínea, principalmente em casos de urgência no atendimento.

Embora seja muito utilizado, vale lembrar que qualquer perfuração requer cuidados — mesmo em ambientes controlados como os hospitais, além do mais, um procedimento de cateterismo mal executado pode rapidamente se tornar uma fonte de complicações para o paciente.

Quer entender mais sobre cateterismo venoso periférico? Preparamos um conteúdo recheado de informações para você.

Continue lendo!

Cateterismo venoso

Introdução ao cateterismo venoso periférico

Antes de mais nada, vamos analisar o termo “cateterismo venoso periférico”.

  • Cateterismo: o cateterismo é um procedimento médico que consiste na inserção de um cateter em uma parte do corpo — veia, artéria, pulmão etc.
  • Venoso: essa nomenclatura faz-se exclusivamente às veias. O sangue venoso, por exemplo, é o sangue que percorre as veias e que é muito diferente do sangue arterial.
  • Periférico: essa palavra refere-se às partes fora de uma região central.

Ou seja, o cateterismo venoso periférico é uma prática que envolve inserir um cateter em uma veia, num local considerado periférico.

Diferenças entre cateter e Scalp

Levando-se em conta o que foi dito na seção anterior, corremos o risco de confundir o cateter com o Scalp — que na verdade são muito diferentes.

O cateter é um tubo flexível e fino, feito de plástico, cuja principal finalidade é administrar medicamentos diretamente na corrente sanguínea — mas que também serve para coletar sangue ou administrar líquidos.

Já o Scalp é um equipamento usado para coletar sangue de recém-nascidos, consistente em uma agulha com um tubo na ponta.

Indicações e utilidades do cateterismo venoso periférico

Basicamente, o médico pode indicar o uso do cateterismo venoso periférico para as seguintes finalidade:

  • Em caso de o medicamento não poder ser administrado por via oral, ou então o paciente não conseguir, por alguma razão, ingerir o medicamento — como em casos de intubação, por exemplo.
  • Para administrar líquidos, quando o paciente não consegue comer ou beber, situação bastante comum entre os internados.
  • Se o médico reconhecer a necessidade de monitorar a pressão venosa central, em caso mais críticos de saúde.
  • Em caso de coleta de amostras de sangue para testes laboratoriais.

Veja como é a preparação para o procedimento de cateterismo.

Preparação para o procedimento de cateterismo venoso periférico

A preparação para o procedimento de cateterismo venoso periférico é bastante simples, levando-se em conta as demais preparações existentes na medicina.

Basicamente, o paciente deve, idealmente, realizar jejum de 4 a 6 horas antes do procedimento e, na hora de inserir o cateter, remover joias e roupas que possam atrapalhar a inserção.

Em algumas situações, como eventual uso de medicação específica via cateter, o médico poderá elaborar uma preparação mais complexa, por isso fique atento às orientações de seu médico.

Técnicas de inserção do cateter venoso periférico

A inserção de cateter venoso periférico é um procedimento de rotina em hospitais e clínicas médicas. A técnicas é a seguinte:

  • O profissional deve lavar as mãos e colocar as luvas antes do procedimento.
  • Ao localizar o local de inserção, o profissional deve garrotear o membro cerca de 7 cm acima deste.
  • O paciente deve manter o braço imóvel para não prejudicar a precisão do profissional.
  • Deve-se fazer a assepsia do local da inserção com álcool 70º.
  • O cateter deve ser inserido em um ângulo entre 30º e 45º para facilitar perfurar a veia.

Cuidados e monitoramento durante a permanência do cateter

Quanto aos cuidados, eles dependem do tempo de permanência e finalidade do cateter. Mas, em geral, devemos prezar por:

  • Higienização do local perfurado.
  • Fixação do cateter à pele do paciente, evitando que se solte acidentalmente.
  • Troca regular de curativos no local do cateterismo.
  • Monitoramento do fluxo através do cateter.
  • Inspeção regular para averiguar possíveis infecções através do local do cateterismo.

Como dissemos, o cateterismo pode se tornar uma porta de entrada de vírus e bactérias, por isso deve ser monitorado com frequência.

Complicações possíveis do cateterismo venoso periférico

Entre as principais complicações possíveis do cateterismo venoso periférico, destacam-se as seguintes:

  • Infecção: é a complicação mais comum quando falamos em cateterismo venoso periférico. Com a inserção do cateter, abre-se uma ligação entre o organismo do paciente e o mundo exterior, permitindo trocar de materiais biológicos que podem acarretar infecção.
  • Deslocamento do cateter: um dos principais problemas associado a essa complicação é a perda de finalidade do cateter, que muitas vezes é usado como administrador de medicamentos.
  • Reações alérgicas: em raros casos há uma reação alérgica envolvendo o cateter, causando uma complicação que pode variar de acordo com o grau de alergia.
  • Extravasamento: condição em que o medicamento ou solução acaba por vazar para os tecidos adjacentes ao invés de ir para a corrente sanguínea, levando a inflamações.

Prevenção e gerenciamento de complicações

Em síntese praticamente todas as complicações associadas ao cateterismo venoso periférico podem ser minimizadas com alguns cuidados básicos, como:

  • Lavar bem as mãos antes de realizar o procedimento.
  • Localizar a veia de interesse e higienizar o local da inserção com álcool 70º.
  • Inserir o cateter no ângulo adequado, evitando que a agulha ultrapasse a veia ou fique não a penetre.
  • Realizar avaliações frequentes no paciente que passou pelo procedimento.

Remoção e finalização do cateterismo venoso periférico

A remoção e finalização do cateterismo é bastante simples.

Primeiro, avise o paciente sobre o fim do uso do cateter. Em seguida, remova gentilmente o cateter, evitando movimentos bruscos e angulados.

Por fim, pressione o local com uma bolinha de algodão e instrua o paciente a pressionar por mais alguns minutos.

Viu como é fácil trabalhar com cateterismo venoso periférico? Portanto lembre-se de que esse procedimento só deve ser feito por um profissional da área médica, que tenha recebido treinamento para isso.

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