Saiba como fazer o descarte correto de materiais perfurocortantes

O descarte de materiais que têm um alto grau de corte e furo, os perfurocortantes, deve ser feito com muita atenção e cuidado. Então, veja como eliminar esses objetos da forma certa e evitar acidentes aos profissionais, bem como os riscos biológicos que possuem.

O que são materiais perfurocortantes?

Materiais perfurocortantes são aqueles objetos que possuem pontos, bordas e cantos agudos ou rígidos com alto risco de furar e cortar algo. Ou seja, eles têm um grau elevado de perigo e precisam de muita atenção com seu manuseio, por exemplo:

  • bisturi;
  • lâminas de barbear;
  • tubos capilares;
  • ampolas de vidro;
  • brocas;
  • escalpes.

Entre muitos outros, como as agulhas hipodérmicas, que são materiais comuns no setor de saúde. Afinal, elas contribuem com diversos procedimentos médicos, de enfermagem e estéticos.

Os itens que possuem aspectos perfurocortantes são do Grupo E da Anvisa, que visa evitar acidentes e ensinar o seu uso da forma certa. O que significa que todos aqueles que lidam com esse tipo de objeto devem ter atenção, seja em hospitais, consultórios ou clínicas.

Imagem de seringas descartadas

Como descartar um material perfurocortante?

Os materiais do Grupo E de objetos perfurocortantes devem ser descartados de forma separada. Bem como em recipientes com as paredes bem mais rígidas e resistentes para evitar que haja uma ruptura, fique exposta e cause acidentes.

Vale lembrar que, além de cortar ou furar, esses instrumentos também podem conter doenças. Visto que é muito comum a presença deles no setor de saúde, como é o caso das:

  • agulhas;
  • frascos de vidro;
  • bisturis.

A seguir, você verá os principais tópicos para saber como descartar os materiais perfurocortantes da maneira correta e evitar acidentes.

Acondicionamento

O acondicionamento deste tipo de material é feito em caixas coletoras próprias para objetos perfurocortantes, cuja fabricação é conforme a NBR 13853. Elas têm uma alta resistência à rupturas e não deixam que as pontas vazem.

Sua tampa também é bem provida, ao passo que leva uma estampa com o símbolo de materiais que podem causar infecção. Contudo, ao atingir 2/3 do volume total, é preciso lacrá-las com cuidado, após isso, enviar para a disposição final.

Transporte

Essa etapa é muito simples, de modo que o acondicionamento dos materiais para transporte é feito nas caixas coletoras. Contudo, você pode guardá-las em sacos brancos, todavia, devem levar as devidas identificações.

Tratamento

O tratamento desse tipo de material é feito com um processo que se chama autoclavagem. Nesse procedimento, os objetos que possuem riscos de contaminação ficam em uma temperatura e pressão muito altas em contato com o vapor de água.

Eles se mantêm assim por um tempo, de modo que seja o suficiente para eliminar todos os  patógenos e microrganismos que oferecem perigo à saúde. Assim, se tornam apenas resíduos normais, sem o alto grau de infecção de antes.

Destino final

Após o processo de lavagem e esterilização dos materiais de perfuração ou corte que podem causar infecções, eles se tornam resíduos normais. Dessa forma, eles podem ir para o seu destino final que são os aterros com a devida licença de descarte.

O que não se deve fazer ao descartar materiais perfurocortantes?

Alguns aspectos precisam de atenção e o mínimo de cuidado, um deles é que você não deve passar do limite da capacidade das caixas coletoras. Isso pode ocasionar na sobrecarga e fazer com que os objetos furem e fiquem expostos.

O ideal é limitar até 2/3 do limite total, como este artigo já citou. Assim, as pontas desses materiais terão menos chances de romper a rigidez dessas caixas e não irão oferecer perigo.

Também vale lembrar que esses reservatórios coletores desse tipo de objetos são descartáveis, ou seja, não se deve usar de novo.

Outra das dicas e cuidados é em relação às agulhas, ao passo que elas não podem ser retiradas da seringa depois do seu uso. No descarte, o processo é feito com as duas juntas, sem quebrar, recapear ou entortar.

Aspectos curiosos

Estudos sobre o descarte de objetos de furo ou corte indicam que recapear as agulhas representam 35% dos acidentes com material perfurocortante. Por isso, não se indica fazer essa prática ao jogar fora esse resíduo com a capa por cima de sua ponta.

O despojo de forma inadequada também é outra questão que deve ter muita atenção, de modo que apresenta 20% dos acidentes dos profissionais da saúde. Alguns exemplos desses descartes incorretos são em:

  • sacos de lixo;
  • cama;
  • mesas;
  • áreas cirúrgicas.

Isso tudo é resultado da falta de atenção com esses objetos, bem como um plano eficiente para gerir os resíduos da maneira correta. Então, busque uma consultoria que possa ajudar a sua clínica a lidar com esses materiais.

Quais os riscos do descarte incorreto?

O descarte incorreto desses materiais oferece um grande risco à saúde dos profissionais que trabalham com eles, bem como, com os coletores de resíduos. Por terem pontas e bordas de corte ou furo, podem causar muitos perigos a quem tem contato, por exemplo:

  • o erro de manuseio;
  • jogar em sacos de lixo;
  • deixar em cima da cama dos pacientes;

Entre outras situações que resultam em acidentes, afinal, a falta de atenção e o descuido fazem isso ser mais comum do que deveria. Por isso, é vital saber a forma certa de realizar o descarte desses materiais para diminuir os riscos para todos.

Como são objetos que também tem sua exposição a elementos biológicos, os danos podem ser ainda mais graves, como a transmissão de doenças. Alguns exemplos são a AIDS ou a Hepatite, em síntese, todos os profissionais devem estar atentos a isso e ter muito cuidado.

Quais os exemplos de materiais perfurocortantes?

Este artigo já trouxe alguns exemplos de materiais perfurocortantes, no entanto, a lista é ainda mais extensa do que os citados antes. Contudo, esses objetos se destacam pelas pontas, bordas e cantos muito agudos com alto risco de corte ou furo, como as:

  • placas de petri de uso em laboratório de análises clínicas;
  • tubos de vidro para coletas;
  • pipetas;
  • micropipetas;
  • espátulas;
  • lâminas de bisturi;
  • pontas diamantadas;
  • tesouras;
  • escalpes.

São algumas das diversas peças que entram no Grupo E da Anvisa como materiais que oferecem alto risco à saúde. Por fim, os profissionais que lidam com esses tipos de objetos, precisam saber a forma certa de fazer o devido descarte para evitar acidentes.

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