Quais as diferenças entre o EDTA K2 e EDTA K3?


Você já se perguntou por que os tubos para coleta de sangue têm cores diferentes? Isso se deve aos aditivos que neles contém para garantir a qualidade das amostras sanguíneas e a exatidão dos resultados dos exames laboratoriais. Um desses aditivos é o EDTA, substância que impede a coagulação do sangue e preserva as suas características. 

Neste artigo, vamos explicar o que é o aditivo, quais são os tipos que existem e quais são as diferenças entre EDTA K2 e K3, as duas formas mais utilizadas na medicina diagnóstica. Acompanhe!


O que é o aditivo EDTA?

A sigla EDTA é utilizada para definir o ácido etilenodiamino tetra-acético, um composto orgânico anticoagulante, ou seja, que impede a coagulação do sangue. Sua função é impedir que o cálcio participe do processo de coagulação do sangue, mantendo-o líquido e evitando a formação de coágulos. 

Ao ser adicionado em tubos de coleta de sangue, portanto, esse aditivo impede que o sangue passe para o estado semissólido. Porém, sem alterar a morfologia celular, ou seja, a forma e a estrutura das células sanguíneas. 

Graças a isso, ele é um dos anticoagulantes mais utilizados na área diagnóstica. Ele é muito útil em análises como hemograma, contagem de plaquetas, contagem de reticulócitos, entre outras. 

Tipos de aditivo EDTA

Existem basicamente três tipos desse aditivo: o sal dissódico (Na2EDTA), o dipotássico (K2EDTA) e o tripotássico (K3EDTA). 

Apesar das semelhanças, cada um deles tem uma forma diferente de se ligar ao cálcio e uma concentração diferente no tubo. Enquanto o Na2EDTA e o K2EDTA são mais usados na forma sólida, o K3EDTA é normalmente utilizado em solução.

A seguir, vamos nos concentrar no K2EDTA e no K3EDTA, pois são os mais usados na área diagnóstica e influenciam diretamente nos resultados dos exames.

Para que servem os aditivos EDTA K2 e EDTA K3?

Conforme pontuamos anteriormente, os aditivos K2 e K3 servem para impedir a coagulação do sangue. Eles são usados em tubos de coleta de sangue para análises hematológicas, ou seja, exames laboratoriais que estudam as células do sangue, como os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. 

Essas análises podem avaliar aspectos como a contagem, o tamanho, a forma e a função dessas células, bem como a presença de parasitas ou microrganismos. Ao serem aplicados nas paredes internas dos tubos à vácuo, os aditivos EDTA permitem que o sangue coletado seja armazenado por algumas horas sem alterar a sua estrutura morfológica.

Isso porque eles agem rapidamente após a coleta do sangue, formando complexos com os íons de cálcio e inibindo a cascata de coagulação.

Importância para a medicina diagnóstica

Os aditivos EDTA K2 e K3 são essenciais para a medicina diagnóstica, pois permitem obter resultados confiáveis e precisos nas análises hematológicas. 

Cabe destacar que esses resultados podem auxiliar no diagnóstico, no monitoramento e no tratamento de diversas doenças que afetam o sangue ou outros órgãos, como anemias, leucemias, infecções, inflamações, alergias, entre outras. 

Como eles evitam que o sangue coagule dentro do tubo, impede que as características das células sejam alteradas e causem erros nas análises. Eles também preservam a forma e a estrutura das células sanguíneas, permitindo que sejam observadas ao microscópio e quantificadas por equipamentos automatizados.

Vale ainda notar que os aditivos EDTA K2 e K3 também são essenciais para a padronização dos exames laboratoriais, pois seguem as recomendações de entidades internacionais como o International Council for Standardization in Haematology (ICSH).

O ICSH estabelece critérios para a coleta, o armazenamento e o processamento das amostras sanguíneas, visando garantir a confiabilidade e a comparabilidade dos resultados. Felizmente, de acordo com a entidade, o EDTA K2 e o K3 são dois anticoagulantes seguros e recomendados para análises de sangue como exames sorológicos, bioquímicos e hormonais, por exemplo.

Diferenças entre os aditivos EDTA K2 e EDTA K3

As principais diferenças entre os aditivos EDTA K2 e K3 estão relacionadas à forma como eles são adicionados aos tubos de coleta de sangue e ao seu impacto na qualidade das amostras. Veja a seguir:

  • Concentração: o aditivo K2 está disponível na forma sólida e geralmente é adicionado na forma de pó. Enquanto isso, o aditivo K3 é líquido e tem uma concentração de 1,8 mg/mL. Ambos oferecem uma mistura homogênea, mas o K2 possui melhor solubilidade.
  • Efeito no volume corpuscular médio (VCM): o VCM é um parâmetro que indica o tamanho médio dos glóbulos vermelhos. Alguns estudos revelaram que o aditivo K2 aumenta levemente o VCM dos glóbulos vermelhos em concentrações mais altas, enquanto o aditivo K3 não tem influência no VCM.
  • Efeito no hematócrito: por outro lado, o EDTA K3 exerce influência no hematócrito, ou seja, a porcentagem de glóbulos vermelhos no sangue. Já o EDTA K2 não influencia este índice.

No entanto, essas diferenças são consideradas insignificantes quando os exames são feitos em condições ideais.

Considera-se condições ideais a concentração adequada de anticoagulante e a realização do exame entre 1 e 4 horas após a coleta do sangue. Portanto, tanto o aditivo EDTA K2 quanto o aditivo EDTA K3 são considerados adequados para a coleta de sangue para hematologia.

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