Etapas Pré-Operatórias




Quem vai passar por uma cirurgia sabe que alguns cuidados são necessários para não haver intercorrências. Mas você sabe que de acordo com o procedimento cirúrgico a ser realizado, existem diferentes etapas pré-operatórias que precisam ser respeitadas que incluem:

  • Consultas médicas prévias;
  • Exames pré-operatórios;
  • Avaliação de riscos;
  • Entre outros. 

Tudo isso faz parte do que chamamos de etapas pré-operatórias, o período compreendido antes da realização de uma cirurgia e este é um período de extrema importância para que tudo saia como o planejado durante o procedimento e também no pós-operatório.

Devido a essas etapas serem essenciais para o paciente, o médico e o procedimento cirúrgico em si, no artigo de hoje vamos falar sobre o que são as etapas pré-operatórias, quais são elas e outras informações pertinentes a respeito deste assunto.

O que é o período pré-operatório?

É o período que engloba o ato cirúrgico – desde a preparação prévia para o procedimento, passando pela recuperação, até a alta hospitalar – e este se inicia no momento em que o profissional médico indica a necessidade de uma operação, até o retorno do paciente às suas atividades cotidianas.

Por que ele é tão importante?

A importância deste período deve-se ao fato de que ele visa melhorar a vida dos pacientes, atingir maior taxa de sucesso no procedimento e atuando de forma terapêutica.

E vale lembrar também que o pré-operatório pode incorrer em riscos e aumento potencial de complicações na cirurgia, caso os passos não forem bem realizados, seguindo as devidas instruções médicas.

De acordo com a cirurgia a ser feita, o nível de complexidade, local da operação, histórico do paciente e outras variáveis, este período necessita de algumas etapas, as quais falaremos a seguir.

Quais são as etapas do período pré-operatório?

O período pré-operatório é subdivido em 3 etapas, que possuem o ato cirúrgico como base:

  • Etapa pré-operatória;
  • Etapa operatória;
  • Etapa pós-operatória.

Entenda o que cada uma delas compreende.

Etapa pré-operatória 

As etapas pré-operatórias é aquela que se dá desde a indicação da necessidade de intervenção cirúrgica até o momento anterior à cirurgia. Divide-se em dois momentos:

  1. Internação hospitalar 

É a entrada do paciente no hospital e sua acomodação no leito correspondente ao seu procedimento. Aqui também é feita a identificação pessoal e o direcionamento a unidade correta – realizado pela administração hospitalar.

  1. Controle de estudos pré-operatórios

Momento de resgate dos exames realizados previamente ao procedimento, realizado pelos médicos envolvidos no caso – e que objetiva avaliar condições e riscos do paciente de acordo  com: exames laboratoriais e/ou de imagem, ECG, etc…  Isso possibilita classificar o grau de risco operatório, escolher o melhor anestésico e identificar complicações que possam ocorrer.

Etapa operatória 

Inicia-se na assepsia do paciente e perdura até a finalização do ato cirúrgico, dividindo-se em três fases:

  1. Indução anestésica

A indução anestésica precisa ser realizada por um anestesista, de acordo com a avaliação previamente realizada por ele – que indicará o método anestésico ideal ao procedimento e o fármaco a ser utilizado.

  1. Procedimento cirúrgico

A cirurgia propriamente dita começa após confirmação da indução anestésica realizada com sucesso e inclui: transfusão sanguínea perioperatória, a ventilação protetora e o monitoramento dos sinais vitais do paciente.

  1. Recuperação anestésica

Período após o fim do procedimento, onde o paciente recupera-se da anestesia e que necessita de vigilância  intensa, pela possibilidade de surgirem complicações.

Etapa pós-operatória

Terceira e última fase do período pré-operatório que caracteriza-se por acompanhamento e controle cuidadosos que objetivam garantir que a operação ocorra com sucesso.  É dividida em duas partes:

  1. Controle durante a hospitalização

Realizado no ambiente hospitalar, visa  detectar qualquer sinal de complicação pós-operatória imediata, portanto, realiza-se um acompanhamento cuidadoso de questões como:  dieta, ferida operatória, repouso, dores e/ou outras queixas, e os medicamentos administrados.

  1. Controle Ambulatorial

Comprovada a estabilidade do paciente, este passa a ser acompanhado de forma ambulatorial, sendo cuidado em consultas previamente agendadas que irão investigar possíveis complicações que porventura surgirão de forma não imediata após o procedimento.

Cuidados necessários nas etapas pré-operatórias

Alguns cuidados extras são necessários, de acordo com o histórico do paciente, pois ao entender o passo a passo, bem como os tratamentos disponíveis e os que devem ser interrompidos no período pré-operatório é algo de extrema importância para que se minimizem complicações e evitar a ocorrência de mortalidade pós-operatória.

Uso de medicações e outras substâncias 

Uma média de 50% dos pacientes que passam por uma cirurgia tomam ao menos uma medicação contínua, porém, nem todas podem ser tomadas neste período – o que varia de acordo com o caso.

Antes da cirurgia, um histórico dos medicamentos utilizados precisa ser obtido – constando indicações e doses e aqueles que aumentem o risco anestésico são retirados ou terão a dose diminuída.

Antidepressivos e outros fármacos 

Medicamentos para úlcera e outros problemas gastrointestinais, devem ser continuados, assim como os medicamentos para doenças de tireóide e agentes psicotrópicos (antidepressivos e antipsicóticos) para doenças psiquiátricas de caráter crônico.

Uso de Corticoides

A abordagem sobre o uso contínuo de corticóides é individualizada – dependendo da indicação, da dose do fármaco e também do tipo de cirurgia.

Diabetes

Como a anestesia pode causar resistência insulínica, em pacientes diabéticos as medicações devem ser ajustadas visando prevenir hipoglicemia e hiperglicemia. Os pacientes dependentes de insulina devem continuar a medicação, porém a dose deve ser ajustada de forma individual, de acordo com o histórico e com controle constante da glicemia.

Álcool e outras substâncias nocivas

Para pacientes alcoolistas ou dependentes de substâncias, deve ser reforçado a suspensão destes, pelo aumento considerável de risco na etapa pré-operatória. Estes indivíduos também necessitam monitoramento constante, pois podem desenvolver síndrome de abstinência.

Tabagismo

Parar de fumar o quanto antes da cirurgia é o mais indicado, de forma a obter os melhores resultados pós-cirúrgicos e evitar possíveis complicações que porventura venham a surgir. Pode-se utilizar fármacos para redução dos sintomas de abstinência da nicotina.

Doenças cardíacas

Pacientes cardiopatas e/ou  hipertensos precisam realizar exames cardiovasculares para levantamento de risco que decidirão quais medicações devem ser continuadas ou interrompidas.

Doenças pulmonares 

As drogas para doenças pulmonares variam de indicação, de acordo com o procedimento a ser realizado e as condições do indivíduo.

Observação das vias respiratórias superiores

Antes de se realizar a anestesia, deve-se fazer a verificação das vias aéreas, retirada de dentadura e inclusive certificar-se de alguma alteração anatômica que possa dificultar a intubação do paciente.

Cuidados nesse período são necessários!

O período pré-operatório e as etapas pré-operatórias que ele envolve devem ser realizadas sempre seguindo as orientações médicas. Isso vai garantir que a taxa de sucesso da cirurgia seja o mais alta possível.

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