Fatores de Risco para Doenças Renais


Quem convive com doença renal, ou possui pessoas próximas que padecem dessa condição sabe que os doentes renais crônicos apresentam lesões irreversíveis nos rins, o que torna a rotina deles bastante sofrida e cheia de restrições.

Felizmente a medicina evoluiu consideravelmente ao longo dos anos, de forma que a maioria dos casos de insuficiência renal agora podem ser evitados com diagnóstico precoce e acompanhamento cuidadoso da doença.

Porém, mesmo com os avanços na área, essa doença é ainda muito perigosa, pois apresenta pouco ou mesmo nenhum sintoma nos estágios iniciais, o que a torna potencialmente fácil de ser confundida com outras afecções ou mesmo passar incólume.


Hoje trataremos então sobre fatores de risco para as doenças renais, pois é fundamental que se conheça-os a fim de evitar ou tratar esses fatores, já que esta é a única forma de prevenção.


Entendendo o que são as doenças renais

Doenças renais são aquelas que acometem um ou ambos os rins do indivíduo, pois esses órgãos atuam como filtros do corpo, produzindo a urina, que elimina uma série de impurezas do sangue.

Além de filtrar o sangue, os rins também ajudam no controle da pressão arterial, no bom funcionamento ósseo, na produção dos elementos sanguíneos, no controle do balanço químico e líquidos do corpo, entre outras funções.

Os rins estão entre os órgãos mais importantes para a nossa sobrevivência, pois são o filtro do nosso corpo, que diariamente, filtram de 120 a 150 litros de sangue e produzem de 1 a 2 litros de urina.


De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada 10 pessoas no mundo sofre com algum grau de insuficiência renal, sendo considerado um problema de saúde pública.

Já aqui no Brasil, informações coletadas pela da SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia) estimam que mais de 31 mil pacientes aguardam na fila por um transplante renal e infelizmente dados oficiais apontam que o número de casos vem crescendo.

Doenças renais crônicas mais comuns

As principais doenças que acometem o sistema renal são:

  • Infecção urinária;
  • Cálculos renais;
  • Cistos renais;
  • Pielonefrite (infecção renal);
  • Câncer de rim;
  • Doenças primárias dos rins.

As doenças renais crônicas quando não tratadas e atingem seus estágios finais, levam a pessoa a sofrer de insuficiência renal crônica, o que culmina com cerca de 140 mil pessoas que dependem do processo de diálise para sobreviver.

A diálise é um processo de filtragem mecânica do sangue – que é bastante invasivo e demanda intervalos de tempo longos, além de serem necessárias várias sessões durante a semana que duram muitas horas.

Por isso se pode dizer que as doenças renais provocam intenso impacto na vida tanto do paciente quanto dos seus familiares.

Fatores de risco para desenvolvimento de doenças renais

Os principais fatores de risco: são hipertensão arterial, diabetes descontrolado e as doenças de origem hereditária, mas questões como:

  • Obesidade;
  • Cálculos renais;
  • Doenças cardiovasculares ( infarto, AVC, doença vascular periférica…);
  • Tabagismo;
  • Uso de medicações nefrotóxicas;
  • Idade avançada;
  • Genética e histórico familiar de primeiro e segundo graus;
  • Infecção urinária de repetição.

Também podem levar o paciente a fazer parte do grupo de risco devido ao alto perigo de comprometerem a função renal.

Dessa forma é essencial que se conheça os fatores de risco de doenças renais a fim de tomar providências de prevenção, diagnóstico e controle, especialmente para  pessoas do grupo de risco como:

  • Pacientes idosos;
  • Portadores de doença cardiovascular;
  • Indivíduos com histórico de doença renal em familiares diretos;

Pois essas pessoas possuem alto potencial para desenvolverem lesão renal e devem ser investigadas regularmente com triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue.

Como prevenir as doenças renais?

De acordo com a SBN, evitar ou controlar as principais causas é a única forma de prevenir a ocorrência de doenças do rim, ou seja, cuidar da saúde global ajuda a proteger a saúde renal.

O nefrologista é o médico especialista em doenças renais e é imprescindível consultá-lo caso a pessoa apresente algum dos sintomas supracitados para realização de exames preventivos simples – como sangue e urina.

Tais exames, mesmo sendo comuns, podem detectar sinais de problemas nos rins de forma precoce, permitindo que inicie o tratamento com antecedência – diminuindo as chances de complicações sérias.

A maioria dos fatores de risco para doenças renais podem ser afastados adotando hábitos de vida saudáveis e mantendo alguns cuidados como:

  • Prática regular de atividades físicas;
  • Controle da glicemia;
  • Evitar a hipertensão arterial;
  • Eliminar o sobrepeso, mantendo um índice de massa corporal adequado;
  • Alimentar-se de maneira saudável;
  • Reduzir a ingestão de sódio e fósforo;
  • Controlar os níveis de potássio é se necessário diminuindo as proteínas;
  • Diminuir ou evitar o consumo de sal, carnes vermelhas e gorduras;
  • Beber água a intervalos regulares durante o dia;
  • Para de fumar;
  • Evitar a automedicação;
  • Realizar consultas médicas periódicas
  • Fazer exames de rotina.

Como é feito o diagnóstico de doenças renais?

As doenças renais crônicas são muito perigosas pois passam boa parte do seu curso totalmente assintomáticas e quando o paciente finalmente apresenta alguns sintomas como:

  • Noctúria;
  • Pressão alta;
  • Cansaço excessivo;
  • Perda de apetite;
  • Entre outros.

Infelizmente de forma geral, o quadro já se encontra avançado e nessa hora, a investigação fica a cargo do nefrologista.

Entre os possíveis sinais de que há problemas, estão as alterações na urina característicos de doenças que acometem os rins. Para realizar um diagnóstico preciso o especialista solicita, testes de função renal e exames para checar a taxa de filtração glomerular (TFG). 

Como é o tratamento?

O tratamento varia de acordo com o estágio da doença renal crônica – que é determinado pela TFG. Assim, de acordo com a taxa apresentada nos exames o nefrologista pode indicar:

  • Abordagem conservadora: esta consiste em controle dos fatores de risco e acompanhamento médico regular, com ou sem uso de medicações;
  • Terapia renal substitutiva: que engloba hemodiálise, diálise peritoneal ou diálise peritoneal automática ou  até mesmo transplante renal.

Atenção aos fatores de risco é fundamental 

Como hábitos de vida e problemas de saúde corriqueiros podem estar ligados ao desenvolvimento das doenças renais, conhecer os fatores de risco é importantíssimo para se necessário, tomar medidas preventivas que evitem complicações.

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