A Importância do Treinamento de Produtos em Ambientes Laboratoriais e Hospitalares

Em ambientes altamente técnicos e crucialmente sensíveis, como laboratórios e hospitais, o nível de eficácia dos produtos médicos utilizados está intrinsecamente ligada à competência dos profissionais que os utilizam. 

Garantir um treinamento adequado torna-se essencial para garantir que esses produtos sejam utilizados da forma correta, que objetive a segurança dos pacientes e a mais alta precisão nos resultados. 

Neste artigo, portanto, exploraremos a grande importância do treinamento de produtos dentro dos ambientes citados acima e como essa preparação prévia pode influenciar de maneira positiva a qualidade nos cuidados de saúde.


Cuidado nos ambientes de saúde é imprescindível 

É bem sabido que não colocar atenção na segurança do trabalho pode incorrer em sérios riscos para qualquer empresa, seja qual for o ramo, porém, quando se trata do setor hospitalar e laboratórios de análises clínicas, a atenção e os cuidados precisam ser redobrados.

Isso porque esses ambientes oferecem uma ampla gama de fatores de risco que podem gerar problemas gravíssimos tanto para os profissionais, quanto para o paciente.

A maior parte destes riscos envolve a contaminação por uso ou manuseio de material biológico e solventes orgânicos, utilização de ponteiras e tubos, e os mais variados riscos biológicos. 

Além desses, há também os acidentes com eletricidade, maquinários e transporte de materiais perfurocortantes, que são os mais comuns, representando 80% a 90% dos acidentes.

Situações como essa podem diminuir consideravelmente a qualidade do trabalho e ainda expor os colaboradores a inúmeras situações que podem ameaçar sua integridade física e/ou prejudicar sua saúde.

Isso nos leva à importância de haver treinamentos contínuos para o uso dos produtos em ambientes laboratoriais e hospitalares, que veremos no tópico a seguir. 

Treinamento de Produtos e sua importância em ambientes sensíveis 

Sem práticas adequadas de segurança do trabalho, hospitais e laboratórios clínicos podem acarretar uma infinidade de graves problemas que em casos severos, até mesmo incorrem na inviabilidade da empresa prosseguir operando.

Essas práticas são ainda mais importantes quando se trata de ambientes de saúde, onde o manuseio incorreto, desprotegido ou destreinado pode ocasionar contaminações, acidentes, lesões, etc.

Nesse ínterim, o treinamento de produtos desempenha um papel crucial para garantir:

  • A segurança do paciente;
  • Maior eficiência operacional;
  • Precisão e consistência nos resultados;
  • Qualidade nos cuidados de saúde.

Porém, nem sempre os gestores e as equipes de trabalho conhecem a fundo as exigências de um ambiente assim ou sequer estão cientes do tamanho da importância do treinamento no uso dos produtos laboratoriais e hospitalares, o que pode acarretar em riscos potenciais e de grande impacto.

Nesse sentido é que o treinamento adequado para o uso de tais materiais e equipamentos é imprescindível para minimizar e até mesmo eliminar riscos em laboratórios de análise clínicas e hospitais, que diga-se de passagem, não são poucos.

Isso coloca as empresas atuantes no setor de saúde obrigatoriamente a fazerem uma análise criteriosa dos fatores de risco existentes em todas as tarefas e operações envolvidas no seu cotidiano, além de oferecer treinamentos sistemáticos e contínuos sobre o uso dos produtos, de forma a garantir a segurança de todos os envolvidos. 

Dessa forma, desenvolver um projeto em saúde e segurança do trabalho é uma estratégia assertiva e absolutamente necessária para treinamento dos colaboradores na utilização correta e higiênica dos produtos, a fim de prevenir acidentes em hospitais e laboratórios clínicos. 

Práticas de Biossegurança e minimização de riscos

A segurança em ambientes sensíveis não é um conceito novo, pelo contrário. Ele é conhecido como biossegurança e teve seu início na década de 70, quando estudos observaram que profissionais atuantes na área da saúde apresentavam uma taxa maior de certas doenças e acidentes que outros trabalhadores.

Obviamente que a biossegurança não trata apenas apenas dos modernos sistemas de esterilização do ar ou mesmo das câmaras de desinfecção das vestimentas de trabalho, pois este é um conceito que foi evoluindo ao longo dos anos para contemplar as inovações tecnológicas e os produtos de saúde que foram surgindo.

As práticas de biossegurança adotadas em laboratórios e hospitais têm por objetivo primordial a necessidade de proteção:

  • Dos colaboradores e pacientes;
  • Do meio ambiente onde se situa a entidade de saúde;
  • Da comunidade no entorno.

Para minimizar/evitar exposição aos agentes presentes nestes locais e que porventura possam representar riscos – sejam estes:

  • Biológicos;
  • Ergonômicos;
  • Físicos;
  • Químicos.

Cada estabelecimento de saúde deve desenvolver seu próprio manual biossegurança ou adotar um que contemple as suas operações diárias, identificando riscos que podem ser encontrados e especificando também práticas e procedimentos que visem minimizar e/ou eliminar exposição aos riscos supracitados.

Ao conhecer os riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos existentes em um hospital ou laboratório de análise clínicas é possível suprimir a ocorrência de acidentes.

E para evitar tais riscos é necessário criar protocolos operacionais padronizados, utilizar equipamentos de proteção individual, realizar o descarte apropriado dos materiais e adotar treinamento contínuo.

Acidentes não ocorrem, são causados!

Infelizmente essa é a realidade, pois mesmo com tantos cuidados existentes atualmente, todas as tecnologias que se tem a disposição, todos os padrões e regulamentações que balizam as entidades de saúde, a maioria dos incidentes em laboratórios e hospitais ocorre pelo comportamento inadequado dos colaboradores.

Um exemplo comum e prático é o acidente com materiais perfurocortantes, que geralmente ocorre durante o uso e/ou descarte de agulhas e dispositivos pontiagudos do cotidiano de trabalho nos ambientes de saúde.

Tais acidentes podem ser evitados, minimizados e até mesmo extinguidos com treinamentos contínuos de uso dos materiais e produtos.

A equipe de funcionários deve receber treinamentos e cursos de capacitação periodicamente, seja para atualização ou mesmo para treinamento adicional – quando se fizer necessário – ou ainda caso haja mudanças nas normas ou procedimentos padrão.

Treinamento e capacitação nunca são excessivos

O profissional que atua na área de saúde necessita receber treinamento adequado para os produtos utilizados nas operações cotidianas, além de atualizações constantes acerca das técnicas a serem adotadas para manter o ambiente de trabalho seguro de forma a:

  • Evitar acidentes;
  • Criar um nível de biossegurança adequado;
  • Ter um ambiente logisticamente bem posicionado;
  • Proporcionar a segurança da equipe de trabalho;
  • Manter a saúde e a integridade física dos colaboradores e pacientes;
  • Garantir a qualidade nos processos e a confiabilidade dos resultados.

E isso perpassa um treinamento adequado e contínuo, para que a clínica ou o hospital se tornem locais seguros e confiáveis para quem trabalha e quem é paciente.

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