Importância do pré-natal na saúde materna e infantil

A chegada de um bebê é um momento sonhado e planejado por muitas famílias, especialmente pelas mulheres, que sentem na pele, no corpo e na rotina as mudanças provocadas pela gestação. Sabendo disso, o pré-natal é um processo fundamental para garantir a saúde da gestante e do bebê durante a gravidez.

E para que ela seja tranquila e sem intercorrências, o cuidado deve iniciar com antecedência. É aqui que o  acompanhamento pré-natal entra como parte fundamental da gravidez. A importância desse acompanhamento é cientificamente comprovada, prevista em lei e regulamentada pelo Ministério da Saúde. 

A realização do pré-natal é importantíssima para a prevenção e/ou detecção precoce de patologias maternas e fetais, de forma que o bebê tenha um desenvolvimento saudável e reduzindo os riscos para a gestante

Sabendo dessa importância, preparamos um artigo bem completo para tirar todas suas dúvidas.

O que é o pré-natal, quais os tipos, sua importância, benefícios e mais!

O pré-natal trata-se de um conjunto de ações assistenciais que objetivam cuidar da saúde do bebê e da gestante até o parto através de acompanhamento mensal e/ou quinzenal – dependendo do caso e do tempo gestacional – de forma a prevenir, detectar e tratar doenças maternas e/ou fetais, diminuindo os riscos de complicações.

Além de visar a saúde do bebê, esse acompanhamento auxilia a planejar o futuro, pois durante as consultas a gestante pode montar seu plano de parto, a família esclarecer suas dúvidas e oferecer assistência médica e psicológica durante esse período repleto de mudanças.

Dessa forma, manter o pré-natal em dia é de suma relevância, para garantir que a chegada da criança seja alegre e tranquila e livre de intercorrências. 

Lembrando que não existe “alta” do pré-natal, o Ministério da Saúde recomenda no mínimo, seis consultas para acompanhar o desenvolvimento do bebê e a saúde da mãe, no entanto, a frequência ideal desse acompanhamento é um pouco maior: ao menos uma consulta por mês, que vão ficando mais frequentes nas últimas semanas de gestação.

Tipos de pré-natal

Engana-se quem pensa que todo pré-natal é igual. Ele divide-se em dois tipos:

  • 1. Pré-natal de risco habitual: acompanha gestantes que não apresentam comorbidades ou doenças que possam se agravar na gestação.
  • 2. Pré-natal de alto risco: destinado a gestantes que já possuem doenças preexistentes ou que tendem a desenvolver algum fator patológico que possa afetar diretamente a gestação. O acompanhamento de alto risco oferece um olhar especializado do médico obstetra e de outros especialistas dependendo do caso. 

A importância do pré-natal para a mãe e o bebê

Esse acompanhamento vai muito além do acompanhamento do desenvolvimento do bebê, perpassando pela saúde da mãe, pela criação de laços afetivos e pelo planejamento para a chegada do novo membro da família.

Durante o pré-natal, é feito o monitoramento de questões como:

  • Pressão arterial para verificar quaisquer alterações e evitar casos de eclâmpsia ou pré-eclâmpsia;
  • Prevenção e tratamento de infecções urinárias;
  • Obesidade na gravidez;
  • Diabetes gestacional;
  • Doenças do coração;
  • Anemias;
  • Sífilis e AIDS;
  • Entre outros.

Pois tais condições quando não prevenidas e tratadas podem afetar o bebê, ocasionando parto prematuro, sequelas e até o óbito fetal. Ou seja, o pré-natal monitora uma série de fatores que impactam diretamente na saúde do bebê e da gestante, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento de ambos.

Durante o acompanhamento são realizados exames laboratoriais e de urina de forma periódica, além de acompanhar o crescimento fetal por ultrassom que permite visualizar o crescimento adequado do bebê e identificar possíveis problemas.

Tudo isso permite que algumas condições de saúde, síndromes hereditárias e malformações congênitas possam ser identificadas precocemente, visando um planejamento adequado da gestação.

Essas medidas viabilizam escolher a melhor forma de parto e proporcionar acompanhamento adequado do bebê após o nascimento – porque a detecção precoce permite que os profissionais de saúde ajam com rapidez, garantindo o melhor tratamento e evitando agravamentos.

Nas consultas médicas do pré-natal, o profissional orienta a paciente em vários aspectos:

  1. Dieta e alimentação;
  2. Higiene e vestuário;
  3. Informações sobre medicamentos proibidos e permitidos;
  4. Sono e rotina;
  5. Hábitos intestinais;
  6. Prática de exercícios;
  7. Apoio psicológico e tratamento de sintomas típicos da gestação;
  8. Sexualidade e lazer;
  9. Prevenção e tratamento de doenças que afetam a mãe ou o bebê;
  10. Outras eventuais orientações que sejam necessárias.

Benefícios do pré-natal

  • Preparar a mulher para a maternidade oferecendo  informações sobre o parto e o cuidado da criança;
  • Fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal;
  • Orientação sobre o estado nutricional apropriado;
  • Controlar o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto;
  • Tratar doenças existentes, que porventura  interfiram no bom andamento da gravidez;
  • Agir na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela;
  • Orientação psicológica da gestante para o enfrentamento da maternidade;
  • Ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a insegurança, o medo do parto, da dor, de o bebê nascer com problemas e outros temores;
  • Promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento;
  • Informação e orientação sobre a evolução do trabalho de parto, colocando a mulher no papel principal desse processo e aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor;
  • Fornecer espaço e apoio para a presença de um (a) acompanhante que a parturiente deseje;
  • Identificar doenças já presentes no organismo e que na gestação podem evoluir de forma silenciosa;
  • Detectar problemas fetais e/ou malformações, pois algumas em fases iniciais, permitem tratamento intrauterino dando ao recém-nascido uma vida normal;
  • Avaliar aspectos relativos à placenta, pois sua localização inadequada pode provocar graves hemorragias impondo riscos maternos;
  • Identificar precocemente a pré-eclâmpsia – caracterizada por elevação da pressão arterial, comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando convulsões e coma;
  • Fornecimento de informações gerais sobre o parto;
  • Elaboração do plano de parto.

O pré-natal é essencial para a gestante e o bebê

Deu para notar que um acompanhamento pré-natal bem feito impacta de forma positiva na mulher e no bebê que está vindo, pois é durante as consultas que será  possível determinar a viabilidade do nascimento da criança e riscos que possam afetar a mãe.

O pré-natal é essencial e culmina com o nascimento do bebê saudável e da mãe preparada e tranquila para essa nova fase da vida.

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