Rinite e sinusite: você sabe diferenciá-las?


Quando chega o inverno, junto com ele aqueles sintomas como: nariz entupido, perda do olfato, secreção nasal. Com base nesses sinais você palpitaria que o problema seria rinite ou sinusite, ou ficou na dúvida?

Se você compartilha dessa dúvida, saiba que não é o único, pois médicos especialistas na área respiratória afirmam que realmente há uma confusão entre a rinite e a sinusite devido a elas compartilharem alguns sintomas similares e inclusive pelos nomes serem parecidos.

Se você tem dúvidas quanto a diferença entre rinite e sinusite, não deixe de ler o post de hoje!

Rinite e Sinusite

Rinite e sinusite: parecidas, mas não iguais!

Mesmo compartilhando alguns sintomas em comum, essas duas doenças possuem causas e formas de tratamento bem distintas.

O sufixo ‘ite’ no fim das nomenclaturas significa inflamação – porém, enquanto a rinite é uma inflamação na mucosa das cavidades nasais, a sinusite é a inflamação da mucosa das cavidades paranasais –  também chamados de “seios da face”, região localizada nas bochechas, entre os olhos e acima deles.

A rinite pode ser aguda ou crônica e ocorre em cerca de 25% da população e suas causas de forma principal são decorrentes de alergias e viroses – como resfriados e gripes.

Já a sinusite, se for aguda, pode ter origem viral ou bacteriana, fazendo inclusive com que seja muito comum o paciente sentir dores na região frontal da cabeça.

Porém, em ambas doenças, a automedicação ocorre com grande frequência – o que agrava o problema, na maioria das situações, pois no início, o medicamento até propicia uma certa melhora nos sintomas, mas em casos de crise aguda o problema pode se tornar crônico, tornando-o muito mais difícil de ser tratado.

Agora veja abaixo outras diferenças e características de cada uma, de forma a fazer o diagnóstico correto e o tratamento mais adequado.

Rinite – características, causas e mais

Além de alergias e viroses respiratórias, como citamos acima, essa inflamação na mucosa que reveste o nariz pode ser ocasionada por:

  • Agentes infecciosos como bactérias e fungos;
  • Doenças metabólicas;
  • Doenças autoimunes e/ou degenerativas;
  • Alterações gestacionais;
  • Caráter medicamentoso – como a automedicação;
  • Alterações do sistema nervoso autônomo, por uso de drogas, álcool ou tabagismo;
  • Entre outras causas.

Porém, destacamos que a causa mais comum da rinite é a alergia respiratória, que se manifesta numa parcela aproximada de 25% da população – sendo muitas vezes associada à asma brônquica.

Dessa forma, faz-se fundamental a identificação dos fatores ambientais que podem desencadear uma crise, como a presença de:

  • Mofo;
  • Ácaros;
  • Pelos de animais;
  • Produtos químicos;
  • Fumaça de cigarro;
  • Pólen.

Até mesmo mudanças repentinas de temperatura são fatores que podem desencadear crises de rinite, que podem ser constantes – a chamada rinite perene – ou crises sazonais – que se manifestam de forma mais frequente em determinadas épocas do ano, especialmente no outono e no inverno.

Entre os sintomas mais comuns da rinite alérgica citamos: obstrução nasal, coriza, espirros frequentes e coceira no nariz.

Por serem sintomas relativamente comuns, como confirmar o diagnóstico?

O ideal é passar por uma consulta com um médico otorrinolaringologista, que fará a avaliação clínica da pessoa e poderá mesmo solicitar um exame de endoscopia nasal (também chamada de nasofibroscopia flexível ou rígida), para obtenção de uma análise completa da cavidade nasal.

Testes de sensibilidade alérgica (cutâneos ou sorológicos) também podem ser requisitados a fim de complementar o diagnóstico.

Para a maioria dos casos, o tratamento ideal da rinite consiste no controle dos sintomas, objetivando a melhoria da qualidade de vida do paciente e também podem ser:

  • Usados medicamentos anti-histamínicos orais quando houverem crises;
  • Feitas lavagens nasais com soro fisiológico;
  • Realizadas aplicações de corticoides intranasais;
  • Avaliados tratamentos com vacinas (sublinguais ou injetáveis);
  • Entre outros.

Mas o tratamento sempre irá de acordo com o resultado dos testes de sensibilidade alérgica, sintomas e histórico do paciente. A lavagem nasal é uma grande aliada contra a rinite e deve ser realizada periodicamente.

Infelizmente, obter uma cura definitiva da rinite é um pouco difícil, devido à diversidade de alérgenos e poluentes da atmosfera. Portanto, o controle dos sintomas ainda é a melhor opção.

Sinusite – características, causas e mais

Sinusite ou rinossinusite são os nomes dados à inflamação ocorrida na mucosa das cavidades paranasais ou seios da face – região que compreende a parte frontal, maxilar, ao redor e/ou atrás dos olhos.

A sinusite é causada pela obstrução dos canais de ventilação e ocorre geralmente após uma gripe ou resfriado ou ainda uma crise de rinite, ocasionando em acúmulo de muco e proliferação bacteriana, resultando na infecção, que pode ser de três tipos diferentes: aguda, crônica ou recorrente:

Sinusite aguda

Pode ser de origem viral ou bacteriana, causando dor na face do paciente, que também pode apresentar secreção nasal espessa e amarelada, obstrução nasal, redução da capacidade olfativa, tosse, febre e mal-estar generalizado.

A endoscopia nasal e os exames de imagem, como a tomografia computadorizada dos seios da face, são usados para fazer o diagnóstico da sinusite aguda. O tratamento consiste em usar antibióticos, realizar lavagens nasais com soro fisiológico e corticoide intranasal, dependendo do caso.

Sinusite viral

Os sintomas aqui são mais leves, como coriza clara e febre leve, necessitando apenas de tratamento sintomático.

Sinusite crônica

Ocorre quando os sintomas respiratórios persistem por um período superior a quatro semanas, porém a dor na face mostra-se menos frequente do que na sinusite aguda e há a presença de secreção nasal fétida, obstrução nasal, tosse de caráter persistente, diminuição do olfato, incidência de pólipos nasais (em alguns casos).

Para avaliar a sinusite crônica, os médicos realizam o diagnóstico por meio da endoscopia nasal, tomografia e ressonância magnética. O tratamento é fundamentado na investigação das possíveis causas, que incluem:

  • Alergias;
  • Imunodeficiências (genéticas ou adquiridas);
  • Questões imunológicas;
  • Infecções por bactérias resistentes;
  • Deficiência de vitamina D;
  • Sensibilidade à aspirina.

O tratamento clínico visa a eliminação desses fatores, lavagens nasais com soro fisiológico e, para alguns casos, uso de antibióticos locais e/ou substâncias bactericidas.

Quando o tratamento cirúrgico da sinusite mostra-se necessário, visa corrigir obstruções dos canais de ventilação dos seios da face, como:

  • Desvio acentuado do septo nasal;
  • Remoção de pólipos nasais ou tumores;
  • Adenoide aumentada;
  • Entre outros.

Agora você já sabe que a principal diferença entre rinite e sinusite é o local onde elas acontecem.

Porém, em qualquer uma das afecções busque orientação de um médico para realizar o tratamento mais adequado e nada de se automedicar, ok?

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