Saúde da mulher vai além dos cuidados ginecológicos

A saúde da mulher não pode ser resumida em apenas campanhas de prevenção de câncer de mama e câncer de colo de útero. Os cuidados com mulheres adultas e adolescentes, vão além disso e devem ser constantes, ao longo da vida.

 

O acolhimento e a garantia de acesso de forma fácil para os cuidados necessários com as mulheres, tem sido um grande desafio para o Brasil.

A saúde da mulher não pode ser resumida em apenas campanhas de prevenção de câncer de mama e câncer de colo de útero. Os cuidados com mulheres adultas e adolescentes, vão além disso e devem ser constantes, ao longo da vida.

Citamos alguns exemplos de patologias que tem acometido muitas mulheres e adolescentes, porém tanto o acesso a informação quanto ao tratamento para estas doenças, além de desafiador, é limitado. Claro que, a em se tratando de algum tipo de doença, a prevenção se torna primordial.

Vejamos alguns exemplos destas doenças:

HPV: O combate ao câncer de colo de útero teve significativos avanços após a confirmação do papel etiológico do vírus HPV sobre a doença. No entanto, a vacina atuará como um meio de prevenção ao câncer de colo de útero somente para os indivíduos que previamente tiverem acesso a ela antes do início da vida sexual. Ressaltamos a importância da vacinação contra o vírus HPV que está disponível da rede pública de saúde. Meninas de 9 a 14 anos, podem usufruir desse benefício. Fora deste contexto, o combate ao câncer cervical deve ser feito, ainda, por meio de detecção de lesões precursoras e seu devido tratamento e seguimento clínico.

Obesidade: A obesidade na adolescência é um fator preditivo da obesidade no adulto. Para tanto, ênfase tem sido dada à redução da obesidade, modificação do padrão alimentar e redução do sedentarismo. Diferenças no estado nutricional podem ser decorrentes tanto de influência genética, quanto do meio ambiente, e da interação entre ambos. A correlação entre sobrepeso dos pais e de filhos é grande e decorre do compartilhamento da hereditariedade e a do meio-ambiente. A atividade física é um importante determinante das características físicas do adolescente. A obesidade em adolescentes resulta do desequilíbrio entre atividade reduzida e excesso de consumo de alimentos densamente calóricos, tendo mostrado que o número de horas que um adolescente passa assistindo TV é um importante fator associado à obesidade, em jovens de 12 a 17 anos.

Diabetes: Na fase adulta existem várias questões que afetam o cotidiano dos adultos jovens, como a busca pela estabilidade profissional, as relações sociais dentre outras, que tornam essas pessoas vulneráveis ao consumismo, a praticidade e ao que é mais fácil, principalmente na hora de se alimentarem e interferindo nos comportamentos de saúde, deixando-os mais suscetíveis a doenças como o diabetes. Por isso é importante que implantemos ao nosso hábito alimentar as leis da alimentação equilibrada: quantidade, qualidade, harmonia e adequação; fazendo assim com que as refeições supram todas as necessidades, pois, comer não é apenas matar a fome e sentir um sabor agradável, mas, acima de tudo é prover ao corpo energia e nutrientes para os dias. A prática de atividades físicas e a reeducação alimentar, são fundamentais para o equilíbrio nutricional e além disso, ajuda na prevenção de outras doenças relacionadas ao diabetes e a obesidade.

Hipertensão: A hipertensão, mais conhecida como pressão alta, é uma doença crônica que se caracteriza pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. A incidência aumenta conforme a idade, sendo que um terço das pessoas entre 30 e 50 anos e dois terços acima dos 65 têm a condição. Um dos alertas divulgado no dia 26/04/2019, dia do Combate à Hipertensão Arterial, é que crianças e adolescentes também podem ter pressão arterial alta, mas os cuidados desde a infância são essenciais na prevenção. O cardiologista Jairo Lins Borges, professor do departamento de cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que entre 2% e 4% das crianças no Brasil apresentam hipertensão arterial. Embora causas renais, hereditárias ou congênitas estejam relacionadas ao problema, o diagnóstico na infância e na adolescência tem sido cada vez mais similar ao dos adultos. “Está relacionada a um estilo de vida que não é saudável devido ao uso abusivo de sal, calorias, gorduras e açúcar de absorção rápida, o que leva ao aumento do peso, do colesterol, predispõe à diabete e à elevação da pressão arterial”.

Saúde mental: A partir da idade da menarca até bem após a menopausa, as mulheres também sofrem de transtornos de humor específicos, incluindo disforia pré-menstrual, depressão perinatal e peri menopáusica, assim como transtornos de humor e de ansiedade associados à infertilidade e a gestações abortadas. As mulheres sofrem mais de transtornos alimentares, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de estresse pós-traumático e doenças autoimunes. As mulheres são também menos tolerantes ao uso de álcool e possuem uma maior prevalência de transtornos de dor. São influenciadas em maior grau pela sazonalidade, sofrem mais de problemas advindos da mudança de fuso horário nas viagens e do trabalho em turnos rotativos e, por último, mas não em importância, metabolizam as drogas de forma diferente dos homens. A maior parte dessas informações muito valiosas somente foi coletada nos últimos 30 anos, mas muito mais precisa ser conhecido.

Atenção, cuidado, compreensão ações primordiais em prol da saúde das mulheres.

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Fontes:

NAKAGAWA, Janete Tamani Tomiyoshi; SCHIRMER, Janine; BARBIERI, Márcia. Vírus HPV e câncer de colo de útero. Rev. bras. enferm.,  Brasília ,  v. 63, n. 2, p. 307-311,  Apr.  2010.

FONSECA, Vania de Matos; SICHIERI, Rosely; VEIGA, Glória Valéria da. Fatores associados à obesidade em adolescentes. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 32, n. 6, p. 541-549, Dec.  1998.

Mari Uyeda, Mari; Cau, Mariana Cassia. Prevalência de diabetes mellitus em mulheres jovens do município de amparo- SP.

https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2019/04/26/interna_nacional,1049233/pressao-alta-pode-afetar-criancas-e-adolescentes-saiba-como-prevenir.shtml.

Steiner, Meir. Saúde mental da mulher: o que não sabemos? Rev Bras Psiquiatr. 2005;27(Supl II):S41-2.

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