luva

Conheça os tipos de luvas e para quê são indicadas

Será que a Luva de Vinil é adequada para uso pelos profissionais da área da saúde?

Será que a Luva de Vinil é adequada para uso pelos profissionais da área da saúde?

A aderência ao procedimento de “higienização das mãos” é uma conduta instruída no início e por toda a vida de um profissional da área da saúde, mas infelizmente, muitos estudos comprovam a baixa aderência nessa prática. A lavagem das mãos é um tipo de cuidado que previne a transmissão de micro-organismos nos serviços de saúde entre os profissionais de saúde e entre os pacientes.

O uso de luvas tornou-se um componente rotineiro na prática assistencial dos profissionais da área da saúde desde a década de 1980, e a decisão de usar luvas ou não deve ser baseada na avaliação do risco de exposição a sangue e fluidos corporais potencialmente contaminados, e deve também levar em consideração a legislação vigente e os protocolos da Instituição.

Diante desse processo simples e primordial, no entanto, o fato de usar luvas não significa ausência de risco de transmissão de micro-organismos; por este motivo, a mesma deve conter indicação de uso e estar íntegra para não falhar no momento assistencial.

Mas devo usar qualquer luva desde que seja para me proteger?

Esta é a questão!

A junção de custo e benefício no âmbito hospitalar, laboratorial e em clínicas, disponibiliza qualquer luva para os profissionais usarem, o que, infelizmente, não é o adequado. A compra e o uso da luva devem estar alinhando conhecimento, tipo de técnica e avaliação de um profissional, além de cuidado para a prevenção de acidentes, pois caso o profissional tenha contato com material biológico sem a proteção adequada, não servirá de nada usar luvas e muito possivelmente irá se prejudicar ao invés de ajudar.

Contando com inúmeras dúvidas sobre “qual é a luva adequada para os profissionais da área da saúde”, definiremos as existentes e para que elas são indicadas:

  1. Luva Cirúrgica (luva estéril): produto feito de borracha natural, de borracha sintética, de misturas de borracha natural e sintética. É o equipamento de proteção individual de uso único, de formato anatômico, contendo punhos capazes de assegurar ajuste ao braço do usuário, para utilização em cirurgias.
  2. Luva para Procedimentos Não Cirúrgicos (luva não estéril ou luvas de procedimento): produto feito de borracha natural, de borracha sintética, de misturas de borracha natural e sintética, e de policloreto de vinila, de uso único, para utilização em procedimentos não cirúrgicos para assistência à saúde. As luvas de látex de borracha natural oferecem alto nível de proteção contra sangue e fluidos corporais potencialmente contaminados; têm grande força, elasticidade, flexibilidade e conforto. Devido a isso, o látex de borracha natural é o material de escolha para luvas quando houver contato com sangue e fluidos corporais.
  3. Luvas para Procedimentos Não Cirúrgicos Antialérgicas ao Látex: são fabricadas a partir de um derivado do petróleo e de borracha nitrílica. Pode ser utilizada como uma alternativa ao látex. No entanto, as propriedades de barreira devem ser definidas pelo fabricante. As luvas de borracha nitrílica geralmente contêm aditivos químicos semelhantes ao látex, que podem atuar como alérgicos de contato. São adequadas no uso com agentes químicos e pessoas que têm alergia ao látex.
  4. Vinil (PVC): tem custo baixo e, infelizmente, muitas instituições aderem à compra desse material para assistência ao paciente. Essas luvas são fabricadas a partir de cloreto de polivinila (PVC), um material sintético que é menos flexível, elástico, durável e possui menos conformidade com a mão do que o látex. Durante o uso, pode ocorrer a quebra da integridade de barreira. Quanto mais abrasiva ou estressante a atividade ou quanto maior o tempo de utilização, maior a taxa de falha.

 

Por isso, esse tipo de luva não deve ser utilizado para uso clínico e assistencial. Os profissionais que utilizam luvas de vinil em ambiente hospitalar, se expõe diariamente ao risco de contaminação direta por materiais biológicos.

Após o uso, as luvas devem ser descartadas de acordo com as políticas locais de gestão de resíduos vigentes.

Fonte:

Organização Mundial da Saúde – Guia Lavagem das Mãos

Vigilância Epidemiológica – 2016

Recomendações sobre o uso de Luvas em Serviços de saúde – Secretaria do Estado de São Paulo / Divisão Epidemiologia Hospitalar

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