Entenda a importância da prevenção do Câncer de Mama

Existem vários tipos de Câncer de Mama, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, e outros crescem lentamente. Cada tumor tem características próprias, e não acometem apenas mulheres, os homens também podem ser diagnosticados com Câncer de Mama, porém é raro, apenas 1% do total de casos da doença.

Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização sobre o câncer de mama, comemorado anualmente. A campanha Outubro Rosa tem o objetivo de alertar a sociedade com informações sobre a doença, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, e enfatiza a importância do cuidado com a saúde, da luta por direitos, como atendimento médico, suporte emocional e um tratamento de qualidade.

Segundo o INCA, a estimativa de novos casos de câncer de mama é de 66.280 (2020 – INCA), e o número de mortes é de 17.763, sendo 17.574 mulheres e 189 homens. Mas afinal, o que é câncer de mama? Quais são os sintomas? Como é o tratamento?

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células na mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, gerando um tumor.

Existem vários tipos de câncer de mama, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, e outros crescem lentamente. Cada tumor tem características próprias, e não acometem na maioria das vezes as mulheres, os homens também podem ser diagnosticados com câncer de mama, porém é raro, apenas 1% do total de casos da doença.

A idade é um dos fatores de risco da doença mais importantes, especialmente, após os 50 anos, mas não é apenas este fato que causa a doença há outros, como:

Fatores ambientais e comportamentais

  • Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
  • Sedentarismo e inatividade física;
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

Fatores da história reprodutiva e hormonal

  • Primeira menstruação antes de 12 anos;
  • Não ter tido filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona).

Fatores genéticos e hereditários

  • Histórico familiar de câncer de ovário;
  • Câncer de Mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
  • Histórico familiar de câncer de mama em homens;
  • Alteração genética, especialmente, nos genes BRCA1 e BRCA2.

É fundamental ressaltar que a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa necessariamente que a pessoa terá a doença. Os casos de câncer de mama podem ser evitados com hábitos saudáveis, como praticar atividade física, alimentar-se de forma saudável, amamentar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o uso de hormônios sintéticos (anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal). Vale destacar que amamentar é um ato de proteção contra o câncer, o não aleitamento promove a perda de um fator de proteção, o que é diferente de um fator de risco.

A maioria dos casos da doença, pode, ser percebida, em fases iniciais, por meio alguns sinais e/ou sintomas:

  • Nódulo, fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença;
  • Pele da mama avermelhada e parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pequenos nódulos nas axilas e no pescoço;
  • Saída de um líquido anormal pelos mamilos

O toque é fundamental para a detecção precoce do câncer de mama. Ao observar os sinais e/ou sintomas, é necessário procurar os serviços de saúde para que seja feita uma avaliação diagnóstica.

 

Quanto o câncer de mama é detectado em fases iniciais, aumentam as chances de um tratamento menos agressivo e com maior potencial curativo. O Ministério da Saúde recomenda que a Mamografia de Rastreamento seja ofertado para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Essa recomendação, segue a orientação da Organização Mundial da Saúde e de alguns países que adotam o exame.

A Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de Raios X, chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas mamas. O exame ajuda a reduzir a mortalidade por câncer de mama, porém, ao mesmo tempo, expõe a mulher a riscos.

Além dos exames clínicos das mamas, são recomendados outros, como ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação diagnóstica só é feita por meio da biópsia (retirada de um fragmento do nódulo) ou de uma pequena cirurgia.

A mamografia diagnóstica também é um exame realizado, que tem a finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, e pode ser solicitado em qualquer idade, a critério do médico. Apesar disso, ela não apresenta uma boa sensibilidade em mulheres jovens, nessa idade as mamas são mais densas, e o exame apresenta muitos resultados incorretos.

Hoje há mais conhecimento sobre as variadas formas de manifestação da doença e diversas terapêuticas. O tratamento do câncer de mama de depende da fase em que a doença está (estadiamento) e do tipo do tumor. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

O estadiamento se divide em quatro fases:

Estádios I e II

A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama é a cirurgia, que pode ser conservadora (retirada apenas do tumor) ou mastectomia (retirada da mama) parcial ou total, seguida ou não de reconstrução mamária.

Logo após a cirurgia, tratamento complementar com radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre considerada nos casos de retirada da mama para minimizar os danos físicos e emocionais do tratamento.

A mensuração (medição) dos receptores hormonais (receptor de estrogênio e progesterona) do tumor, por meio do exame de imuno-histoquímica, é fundamental para saber se a hormonoterapia pode ser indicada (tratamento de uso prolongado em forma de comprimidos para diminuir a produção dos hormônios femininos do organismo). A informação sobre a presença do HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2) também é obtida por meio desse exame e poderá indicar a necessidade de terapia biológica anti-HER-2.

Para alguns pacientes com tumores medindo entre 2,1 cm e 5 cm com comprometimento dos linfonodos axilares, embora sejam entendidas como estadiamento II, pode ser considerado iniciar o tratamento por terapias sistêmicas (quimioterapia) dependendo da imuno-histoquímica (o chamado down stage [redução de estágio]. Essa decisão individualizada permite que pacientes que seriam submetidas à retirada da mama e dos linfonodos axilares possam, eventualmente, ter essas áreas preservadas.

 Estádio III

Pacientes com tumores maiores que 5 cm, porém ainda localizados, enquadram-se no estádio III. Nessa situação, o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com quimioterapia) é a opção inicial. Após a redução do tumor promovida pela quimioterapia, segue-se com o tratamento local (cirurgia e radioterapia).

 Estádio IV

Nessa fase, em que já há metástase é fundamental buscar o equilíbrio entre o controle da doença e o possível aumento da sobrevida, levada em consideração, os potenciais efeitos colaterais do tratamento.

A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico.

Conheça seu corpo e saiba o que é e o que não é normal. Se toca!

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Fontes:

https://www.roche.com.br/pt/por-dentro-da-roche/voce-sabe-o-que-e-outubro-rosa.html

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

https://www.inca.gov.br/assuntos/outubro-rosa

 

 

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