A evolução dos métodos diagnósticos: passado, presente e futuro 

Homem de branco com um esfigmomanômetro ao redor do pescoço fazendo anotação sobre o raio-x

A medicina é uma ciência muito antiga, aliás é mais antiga do que o próprio método científico, como conhecemos hoje. Portanto, a forma de diagnosticar doenças mudou bastante ao longo dos séculos até chegar ao padrão que temos atualmente. 

Para trazer um panorama completo, segmentamos o passado em três períodos: pré-medicina, aqui denotado como qualquer período antes de Hipócrates; Idade Média; e início do século XX. 

No que tange ao presente, segmentamos em duas grandes categorias: tecnologia leve e tecnologia pesada. Elas fazem referência ao uso de equipamentos modernos na hora do diagnóstico, como veremos. 

Por fim, separamos algumas tendências dos métodos diagnósticos que, embora estejam entrando no mercado, ainda não se consolidaram. 

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Como os métodos diagnósticos funcionavam no passado? 

Quem vive na abundância tecnológica hoje mal consegue imaginar como as coisas funcionavam há 500, 1000 ou até mesmo 2000 anos. 

Levando em conta que o método científico como conhecemos foi organizado por Galileu Galilei, no século XIV, toda a ciência antes feita na área médica carrega em si pouca (ou nenhuma) comprovação, no rigor da palavra. 

Ou seja, os médicos de Roma realizavam cirurgias e diagnósticos sem ao menos saber se aquelas técnicas realmente funcionavam, tendo como base estudos em larga escala. 

Vamos entender isso em mais detalhes. 

Pré-medicina 

A pré-medicina é caracterizada pelo forte embasamento religioso e subjetivo do diagnóstico. 

Ou seja, o médico (ou curandeiro) supunha uma doença com base em sua experiência de vida ou em casos parecidos, sem levar em conta o rigor científico — até porque isso nem existia na época. 

No fim das contas, eram infinitos ciclos de tentativa-e-erro durante procedimentos, que, muitas vezes, resultavam na morte do paciente. 

Idade Média 

A Idade Média foi marcada pelas práticas realizadas na pré-medicina, embora muitas estruturas que permitiam o avanço científico estavam prontas — como escolas, universidades e bibliotecas. 

Por conta de alguns avanços tecnológicos, os médicos da época dispunham de equipamentos simples para diagnóstico e tratamento, assim como métodos rudimentares, que se tornaram a medicina que conhecemos hoje. 

No diagnóstico, muitas doenças e suas causas foram catalogadas ao longo dos anos, mas ele ainda era feito com base em “apalpadelas” e observação. 

Até início do século XX 

Até o início do século XX, muitas crenças transvestidas de ciências ainda dominavam a ciência. Nesse período, porém, os cientistas conseguiram determinar com mais facilidade o que era fato do que não era. Tudo isso tendo como base o método científico — que agora era bastante difundido. 

Foi nesse momento que a medicina tomou a cara que conhecemos hoje: laboratórios, anatomia, métodos rigorosos e assim por diante. 

Mas ainda havia muito a ser feito, como veremos a seguir. 

Como são os métodos diagnósticos hoje? 

Do século XX até os dias de hoje, os avanços tecnológicos permitiram desenvolver diversos métodos e equipamentos médicos, como o ultrassom (que é um sonar de navio modificado) e o raio-x (descoberto por pura coincidência). 

Como o uso da tecnologia foi aumentando com o passar dos anos, surgiu a necessidade de diferenciar os métodos empregados no dia a dia médico, ficando conhecidos como tecnologia leve e tecnologia pesada. 

Vejamos em detalhes: 

Tecnologia leve 

A tecnologia leve é o que o próprio nome faz referência: são métodos que usam pouca ou nenhuma tecnologia, mas que possuem resultados importantes. 

Essa distinção é natural, pois, quanto mais tecnologia foi desenvolvida, maior foi seu uso nos hospitais, o que trouxe muito gasto operacional e preocupação para governantes e gestores. 

Além disso, atualmente temos o problema de escassez de exames de tecnologia pesada, ao passo que há overdose de diagnósticos para um mesmo paciente. 

Um exemplo de tecnologia leve são as batidinhas nas costas que os médicos dão em pacientes com suspeita de água no pulmão e, através de um estetoscópio, mensuram a gravidade da situação. 

Tecnologia pesada 

A tecnologia pesada é o oposto da tecnologia leve: aqui são empregados métodos ultratecnológicos (e extremamente caros) na tentativa de realizar um diagnóstico preciso da condição do paciente. 

No caso de nosso paciente com água no pulmão, usado na seção anterior, ele poderia passar por um exame de ressonância magnética ou tomografia computadorizada para verificar detalhes de sua condição. 

O problema, contudo, é que o paciente acaba passando por procedimentos diagnósticos desnecessários, como em um CT após um exame de ressonância magnética, e isso em larga escala traz tanto malefícios para o paciente quanto para o financeiro das instituições de saúde. 

O que podemos esperar para o futuro dos métodos diagnósticos? 

O futuro tem se mostrado bastante promissor, no que tange aos métodos diagnósticos, principalmente no ramo de automatização e controle de qualidade. 

Fizemos um resumo das principais tecnologias emergentes do mercado: 

IA entrando com força no mercado 

As IAs mostraram seu valor na hora de otimizar rotinas e procedimentos, e no diagnóstico não é diferente. 

Hoje, elas são empregadas de forma leve, quando uma pessoa realiza otimização de imagens médicas por algoritmos de processamento neural. 

A tendência é que, em algum momento, a mão de obra seja desnecessária para esse tipo de operação, assim como planejamento de tratamentos — que também ajudam a otimizar. 

Dispositivos IoT robustos 

A IoT também surgiu como uma grande ferramenta no diagnóstico de doenças, além de mostrar seu potencial na hora de acompanhar a evolução do quadro do paciente. 

Embora sejam bastante usadas, os dispositivos dessa natureza ainda não entregam todo seu potencial no diagnóstico, pois faltam estruturas adequadas para dar robustez a essa tecnologia. 

O surgimento de novos materiais e conexões mais rápidas serão fundamentais nessa jornada. 

Equipamentos com alta precisão 

Por fim, todo equipamento médico possui resolução e sensibilidade. Basicamente, isso significa que eles possuem limites na hora de fornecer informações para diagnóstico médico, e isso surge justamente por causa do nível atual da tecnologia. 

É esperado que a tecnologia evolua rapidamente em poucos anos, e isso certamente trará equipamentos poderosíssimos aos hospitais. 

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