Entendendo o Sistema Imunológico

O sistema imunológico é um mecanismo de defesa que os reinos animalia e plantae possuem para se proteger de agentes invasores (antígenos), substâncias nocivas e situações em geral que possam vir a causar insultos na homeostase morfofisiológica dos indivíduos. Diversos agentes agressores estão associados com a ativação do sistema imune (sistema de defesa) de animais e plantas, como poluentes ambientais, fármacos, drogas, má nutrição, vírus, bactérias, protozoários, xenobióticos etc.

O sistema imunológico – o que é e para quê serve?

O sistema imunológico é um mecanismo de defesa que os reinos animalia e plantae possuem para se proteger de agentes invasores (antígenos), substâncias nocivas e situações em geral que possam vir a causar insultos na homeostase morfofisiológica dos indivíduos. Diversos agentes agressores estão associados com a ativação do sistema imune (sistema de defesa) de animais e plantas, como poluentes ambientais, fármacos, drogas, má nutrição, vírus, bactérias, protozoários, xenobióticos etc.

Portanto, o sistema imune é um sistema que apresenta a finalidade de preservar a integridade e a funcionalidade dos organismos. 

Vias de ação do sistema imunológico

Sistema Imune 

 

O sistema imune (ou imunológico) é composto por células especializadas, com funções distintas, que atuam geralmente em cooperação com outras células imunes para promover a vigília do organismo, o reconhecimento de corpos estranhos (antígenos), a fagocitose (mecanismo pelo qual corpos estranhos são englobados e digeridos), a ativação de demais células imunes, a comunicação com outras células do organismo, a secreção de citocinas pró ou anti-inflamatórias, dentre inúmeras outras funções. 

Tipos e origem das células imunes

As células imunes são originárias de uma única célula, chamada “progenitora” ou “células tronco-hematopoiéticas”, que são produzidas de forma contínua na medula óssea dos animais e formarão as células sanguíneas que estão direta ou indiretamente ligadas à defesa do organismo.

A primeira diferenciação destas células progenitoras acontece quando estas originam células progenitoras mieloides e células progenitoras linfóides.

  • Células mieloides

As células mieloides são as responsáveis por originarem os leucócitos polimorfonucleares (ou granulócitos), e também pelos monócitos, macrófagos, mastócitos e células dendríticas. Os macrófagos possuem notória importância para a defesa imunológica, pois possuem função fagocítica, englobando agentes estranhos ao organismo e os degradando por meio de suas enzimas.

Também possuem a função de processar estes agentes estranhos, desnatura-los e apresentarem-nos em sua superfície a células especiais denominadas linfócitos T (ou células T), funcionando então como célula apresentadora de antígeno. Os monócitos, são células que circulam no sangue, e possuem capacidade para migrarem para os tecidos quando necessário, transformando-se em sua forma madura, os macrófagos.

  • Células dendríticas

As células dendríticas também são células fagocíticas, mas seu principal papel é degradar os agentes invasores e os apresentar para as células T. Elas podem ser encontradas na circulação sanguínea e também em alguns tecidos do corpo.

Os mastócitos são células residentes dos tecidos, principalmente próximas de vasos sanguíneos pequenos, e apresentam capacidade de alterar a permeabilidade destes vasos quando induzidas por antígenos. As substâncias que elas secretam podem ativar respostas alérgicas e em alguns casos, choque anafilático.

Durante respostas imunes, os granulócitos conseguem migrar da corrente sanguínea e chegar até o tecido local da inflamação ou infecção. São estas células que após realizarem fagocitose e morrerem, geram o pus.

  • Neutrófilos

Os neutrófilos são o tipo de granulócitos mais numerosos e importantes da nossa primeira barreira de defesa imune, chamada de imunidade inata. Os neutrófilos apresentam importante defesa contra parasitos, sendo que em casos de infecção por parasitos, o número de neutrófilos por mm3 de sangue aumenta significativamente. Outro tipo de granulócito são os basófilos, que possuem função similar e complementar aos eosinófilos e mastócitos.

  • Linfócitos

Já os linfócitos, originários de células linfóides, são ativados por antígenos, saindo de seu estado de repouso e transformando-se em seu estado ativado conhecido por linfoblasto. Os linfoblastos têm o tamanho aumentado em relação ao linfócito em repouso. As principais populações de linfócitos são os linfócitos T (células T) e os linfócitos B (células B). Os linfócitos T se diferenciam no timo (localizado no mediastino superior), e os linfócitos B se diferenciam no fígado fetal e na medula óssea. Na região cortical do timo, essas células T passam por rearranjos gênicos que resultam na formação de receptores de antígenos que são localizados na superfície celular. Os linfócitos B, que se diferenciam na medula óssea, também passam por um processo de rearranjo gênico, passando a expressar moléculas de superfície, como as imunoglobulinas ou anticorpos, que agem como receptores de antígenos.

  • Células Natural Killer

As células Natural Killer (NK) são originárias de precursores na medula óssea, e quando ativadas, passam a ser denominadas como linfócitos granulares grandes. Os seus receptores de superfície podem interagir com porções glicosiladas, proteicas ou lipídicas de glicoproteínas ou glicolipídeos. Atuam principalmente na lise de células tumorais e de células infectadas por vírus.

Quando maduros, os linfócitos T e B caem na corrente sanguínea e migram para os órgãos linfóides secundários (linfonodos, baço e tecidos linfóides).

A resposta imune, a título de uma melhor compreensão de seus mecanismos, é dividida em resposta imune inata e adaptativa. 

Imunidade inata

A imunidade inata é composta por elementos que já nascem com o indivíduo, e estarão sempre presentes no decorrer de sua vida. É a primeira linha de defesa contra agentes invasores. Compõem a imunidade inata três compartimentalizações: os componentes físico-químicos, humorais e celulares.

Os componentes físico-químicos são as barreiras externas, como a pele, cabelo, pelos e mucosas. São barreiras importantes que barram a entrada de diversos agentes agressores que poderiam causar diversos danos ao organismo. Os componentes humorais são fatores presentes nas secreções das mucosas, no sangue e no líquido cerebroespinhal.

Exemplos destes fatores são as citocinas (substâncias com funções inflamatórias ou anti-inflamatórias), proteínas do complemento, proteínas de fase aguda, e interferon alfa e beta (que respondem principalmente a infecções por vírus).

O baixo pH de diversas partes do corpo, como o trato gastrointestinal e vagina contribuem para dificultar a permanência de agentes invasores, principalmente bactérias.

Quando as barreiras humorais e físico-químicas são burladas por agentes invasores, resta ainda ao organismo atuar na defesa através de componentes celulares. Este tipo de defesa dispõe de células especializadas com função de destruição dos agentes invasores.

Os principais componentes da imunidade através de componentes celulares são os monócitos, macrófagos, células Natural Killer, eosinófilos e mastocitos.  

Imunidade adaptativa

Na imunidade adaptativa há uma especificidade para reconhecer diferentes padrões de moléculas agressoras e uma capacidade de lembrar (memória celular), disponibilizando uma resposta mais intensa quando o organismo é exposto novamente a um mesmo agente estranho agressor.

Este tipo de resposta necessita de um certo tempo para se desenvolver, no entanto, é uma resposta mais específica, eficaz e duradoura. O sistema imune inato auxilia na ativação da resposta adaptativa, a qual subdivide-se em humoral e celular. A imunidade adaptativa humoral compreende moléculas denominadas anticorpos, que estão localizadas no sangue, nas mucosas e nas secreções, e são secretados pelos linfócitos B.

A imunidade adaptativa celular ocorre através dos linfócitos T e promove a destruição de micro-organismos ou a destruição de células infectadas por vírus e bactérias. Os linfócitos T auxiliares (Th) conseguem exercer suas funções de defesa apenas em ausência de citocinas (proteínas mensageiras que sinalizam situações de mobilização do sistema imune).

As células Th1 são responsáveis pela proteção a patógenos intracelulares e as células Th2 respondem pela proteção a parasitas extracelulares.

Este é um resumo esquemático dos principais atores do sistema imunológico. Para compreender mais a fundo, há diversos livros e artigos que abordam de maneira muito mais minuciosa e abrangente a bioquímica do sistema imunológico.

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